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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cotidiano Escolar: Uma Prática Social em Construção ( texto 1)

As práticas curriculares são compreendidas como uma ação de orientação, acompanhamento e intervenção no cotidiano escolar, concretizando a integração entre a formação acadêmica e o exercício docente, ou seja, entre a teoria e a prática pedagógica dos professores-alunos. Esta prática estabelecerá situações em que se poderá dialogar, discutir, refletir, reavaliar, agir de forma que a ação-reflexão-ação possa ocorrer de forma contínua e interdisciplinar.
Entrevistando um professor de geografia da rede pública de ensino e a prática curricular vivida por ele, foi dito " é dificil lidar com os parametros curriculares, ainda mais na escola publica. Existe uma falta de recurso muito grande, que provoca uma série de entraves para conseguir trabalhar com o curriculo da maneira correta. Ainda mais com a falta de planejamento que temos que enfrentar, pois sempre tem que cobrir "buracos" de outros professores. A absoluta falta de interesse dos alunos aliada ao meus sentimentos de frustração, o que se desdobra em auto-falta de interesse em tentar interessar quem não tem interesse, monta uma cena trágica: a escola como depósito de pessoas. Claro que pode mudar e acredito na mudança, mas também que depende muito da realidade, do contexto. A teoria é muito distante da realidade. E uma experiência que deu certo numa ocasião ou num lugar pode não ter o mesmo efeito em outra contexto. o importante é não desanimar.Os alunos com maiores dificuldades de aprendizado certamente são aqueles que não tiveram, desde sempre, o apoio necessário. Sempre há as exceções, mas as regras são sempre estas. O apoio familiar (no estudo, na construção cultural do aluno) é extremamente importante.Mas a questão vai muito além disso. Muitas vezes, o desenvolvimento ‘mental’ dele não foi tão seriamente prejudicado, mas ele simplesmente não sabe o que é estudar, o que é aprender e o prazer que isso dá. É uma questão de cultura. Estudar pra quê? Como? Por quê? Com o quê? Não me culpo, planejo e organizo minhas aulas da melhor forma possivel, e penso que a escola não é mesmo para todos, não era no tempo em estudavamos e não é hoje. Não penso que todos os problemas estejam em nós professores, nem no que planejamos, tão pouco em nossa metodologia, muito menos na escola ciclada ou seriada, penso que todos os problemas sociais estão na sala de aula, desde o pai que bebe, até a menina que é abusada sexualmente e meu caro eu não sou Cristo, mas faço a minha parte, educar é aceitar o desafio."
Cada escola tem uma realidade diferente tendo suas necessidades diferentes. É necessário que o diálogo abra caminho para justificar as redes de conhecimento. A escola tem autonomia relativa para a confecção de seu currículo e de sua prática pedagógica, podendo fazer com que aquele já existente seja adaptado para sua realidade , trazer a prática o mais próximo da realidade dos alunos. O que falta na verdade é vontade de fazer!

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